Onde tudo começa...
Em primeiro lugar, ainda que o objectivo seja o clímax, há de se dar devida atenção a outras partes do corpo, que muitas vezes ficam carentes de um agrado.
É bom que a mulher saiba - e seu parceiro também - que o orgasmo pode vir mais fácil e mais rápido quando começa em outras áreas da anatomia feminina, como seios, bumbum, e também orelhas e nuca, como lembra a estudante Viviane R., 22 anos. "Além da masturbação, é muito bom mão no peito e beijo na boca. Tenho amigas que curtem algo mais violento, como tapas. Acho que isso depende de cada um e da intimidade com o parceiro", diz ela, que namora há dois anos e com este namorado teve um orgasmo vaginal pela primeira vez. "É indispensável que o cara esteja bastante excitado, claro. Depois que achou o lugar certo lá dentro, é só caprichar na intensidade e aumentar o ritmo aos poucos até o orgasmo", ensina.
Quando a mulher tem um orgasmo durante o sexo oral, seu prazer depende da habilidade do parceiro - o que, convenhamos, pode ser arriscado. Já quando a mulher chega lá na penetração, ela assume as rédeas da situação. A advogada Ana Cristina L., 35 anos, diz ter mais facilidade durante a penetração do que no sexo oral. "Gosto de ficar por cima, porque tenho total domínio do encaixe, intensidade e ritmo dos movimentos. Nessa posição, posso esfregar o clitóris no corpo dele, o que ajuda muito", dá a dica.
Muitas acreditam que o segredo para chegar ao orgasmo vaginal ou clitoridiano, em qualquer posição, é não pensar em nada. A célebre expressão "relaxar e gozar" quer dizer isso mesmo: esquecer os problemas do trabalho, do filho, da amiga, da empregada, do condomínio e até os eventuais probleminhas com o parceiro.
Funciona com a professora Letícia M., 28 anos. "O meu primeiro orgasmo vaginal foi com um carinha que tinha acabado de conhecer. Era a primeira vez que me via transando sem pensar em nada , na verdade, só pensava em cada vez ter mais prazer, e não estava nem aí se o cara tava gostando ou se tava reparando nas minhas celulites", conta ela, que se sentiu excitada por se perceber dona de seus desejos. Sei exatamente o lugar que tem que ser estimulado pra eu atingir o orgasmo. A regra é rolar em todas as transas. Tem que ser forte e no mesmo ritmo
"No meio daquela loucura , quando eu menos esperava, meu corpo começou a tremer, e tremia e parava, e faltava ar, e tremia mais, e parava...", lembra ela, sobre o primeirão. "Depois desse dia, entendi que sexo não era só com amor e que ir pra cama no primeiro encontro não é coisa de vadia. Simplesmente é coisa de mulher, mulher com tesão e com vontade própria", diz ela, para quem o orgasmo vaginal acontece quando só há um pensamento em sua mente: ter prazer.
Trair, coçar e gozar é só começar. É que, depois que a gente aprender como fazer, basta colocar em prática - depois de descobrir o caminho das pedras, guarde o mapa e repita instintiva e gloriosamente. Foi assim com a produtora Flaíse, 31, que garante que depois que acontece uma vez, o gozo vai acontecer sempre. "Sei exatamente o lugar que tem que ser estimulado pra eu atingir o orgasmo. A regra é rolar em todas as transas. Tem que ser forte e no mesmo ritmo" , revela, afirmando que não vê diferença entre orgasmos clitoridiano e vaginal. "Pra mim, é tudo a mesma coisa e vem de um lugar só: da cabeça", diz Flaíse.